domingo, 24 de junho de 2012

Ruídos : Parte 6



Meu dia começou normalmente, me acordei, fui direto para o banheiro fiz as minhas higienes, logo em seguida abri meu guarda-roupas escolhi um short e uma blusa um pouco soltinha, coloquei uma sapatilha e desci para a cozinha, quando cheguei lá estava minha mãe com um lenço branco de papel nas mãos e falando com o padre, fui me aproximando e vi os olhos da minha mãe inchados, e quando ela me olhou rapidamente me abraçou.
- O que houve mamãe? - Eu disse assustada.
- A Andressa filha, ela se foi - Disse minha mãe entre as lágrimas.
Lágrimas escorreram dos meus olhos, e em seguida minha mãe as limpou e disse:
- O Padre Hakson está aqui para nos ajudar filha. - Disse minha mãe com um tom confortador.
Eu a abracei forte, e o padre disse:
- Belle, o senhor está do lado de vocês ela irá ajudá-las.
- Obrigada. - Eu disse enquanto me desprendia de minha mãe.
O padre pediu para subir para os quartos, em sua mão havia uma bíblia e um frasquinho com água benta conforme ele caminhava ele fazia o sinal da cruz com o franquinho e pequenas gotas da água benta caiam pelo chão. Eu e minha mãe fomos o seguindo e ele chegou no meu quarto e começou a jogar água benta e e rezar e onde caiam as gotas de água as mesmas ferviam no chão o padre ficou impressionado e começou a rezar, logo em seguida disse:
- Vocês estão correndo perigo, aqui há um demônio. - Disse o padre nos alertando.
Eu e minha mãe nos olhamos e ficamos caladas, quando de repente ele peguntou:
- Qual seu nome espírito maligno, em nome de Jesus, diga o seu nome, qual seu nome? - Falou o padre em tom forte.
Então um grande sopro de vento entrou no meu quarto, fazendo as cortinas voarem e então ouviu-se a voz docee infantil quase num sussurro falar:
- Meu nome é Ravana. - Logo em seguida a voz melancólica ficou águda e grossa e deu uma longa risada, pude sentir cada parte do meu corpo arrepiar, logo em seguida ela disse com a voz grossa:
- Quero brincar Padre, vamos brincar?. - E voltou a ecoar a risada diabólica pelo quarto.
Minha mãe estava imóvel, e o padre ouvindo atentamente a tudo.
- Volte para o inferno espirito demoniaco! - Gritou o padre com tom de ordem.
Tudo se calou, Ficou um silêncio estranho, Quando eu percebi a água benta voou nos olhos do padre e ele começou a gritar, ele ficou com os olhos vermelhos, flutuou até o telhado caiu no chão e se levantou, deu um giro de 360º com a cabeça e me olhou e disse:
- Vamos brincar Belle.
O padre começou a correr atrás de mim e de minha mãe, descemos as escadas correndo fomos pra cozinha, o padre aparece bem em minha frente , eu pego uma faca que está bem na minha frente , ele se aproxima e eu cravo a faca no peito do padre.
- Nãããão Belle.. Porque? - Fala o padre caindo no chão.
eu ouço uma voz doce e suave , só que parece estar irritada desta vez:
- Ainda não acabou Isabelle !!
Escorre uma lágrima de meu rosto eu olho pra minha mãe e digo:
- E agora mãe?
Minha mãe me abraça e diz:
- Calma meu anjo, tudo vai se ajeitar. - Diz minha mãe pensativa.
Em seguida ela me solta, pega sua bolsa em cima da mesa, e a chaves do carro, segura a minha mão e fomos direto para o carro de minha mãe, ela entra no carro, vira a chave e me pergunta nervosa:
- Aonde é a casa do seu namorado filha?
- É cinco ruas para a esquerda, porque mãe? - Eu digo um pouco assustada.
- Preste bem atenção, quero que você fique lá até eu ir te buscar, vou pegar seu irmão na escola, e não quero que você fale com mais ninguém, apenas com o Diego entendeu Isabelle? - Diz minha mãe ainda muito pensativa.
- Sim mãe, mais o que você vai fazer? - Eu digo sem entender nada.
- Vou falar com o seu pai e ver o que resolvemos, sem fazer nenhuma besteira também, entendeu?
- Sim mãe, é naquela casa branca. - Eu digo.
Minha mãe buzina algumas vezes e logo em seguida o Di sai de casa, sorrindo ao me ver. Minha mãe sai do carro rapidamente, olha para o Di e diz:
- Cuide dela, a Belle irá te explicar tudo, ela pode ficar aqui por algumas horas? - Diz minha mãe nervosa.
- Claro que pode. - Diz Di sorrindo enquanto me abraça.
Minha mãe me dá um beijo na testa e abraça eu e o Di e logo em seguida entra no carro.
- O que houve princesa? - Fala Di arqueando uma sobrancelha.
- Aquela garota amor, eu matei.. um padre. - Eu falo e lágrimas escorrem dos meus olhos.
- Fica calma amor, eu vou ajudar não fica assim, vem entra. - Diz ele me abraçando de lado.
- Seus pais estão em casa amor? - Eu digo.
- Não amor, eles estão em uma conferencia e só voltam amanhã a noite, e o pai do diretor está no hospital então a faculdade não vai funcionar essa semana.
- Nossa que chato.. - Eu digo.
- Nem tanto, eu estava com muita saudade de ti amor. -  Ele fala com um sorriso fofo, e logo em seguida me beija.
- Eu também estava amor. - Eu digo assim que termino o beijo.
Nós ficamos nos olhando por um tempinho, depois subimos para o quarto dele e ficamos conversando, e fazendo planos para o futuro. A  única coisa que estava me fortalecendo naquele momento era o Diego, acho que se eu não tivesse ele, eu já estaria derrotada. Depois de muita conversa, nós pedimos uma pizza, e o tempo passou voando, quando olhamos no relógio já eram 22:00 horas e minha mãe não havia nem ligado,e o celular dela estava desligado. Então eu me deitei na cama do Di e ele deitou do meu lado, então nós nos beijamos e o clima começou a esquentar..

Por: Guilherme O. Betat  e  Ana Carolina T. Cascaes

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