quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sombras Inconstantes : Parte 4


                                        
E avisto Jonny indo em direção a minha porta então Ele sorri ficando meio corado e diz:
- Você está linda.
Eu respondo:
- Você também...
Ele diz sorrindo:
- Nem estou nada..
Eu falo pra ele sorrindo:
- Você só quer receber elogios.
Ele me responde:
-Também...
Eu dou um sorrisinho bobo e digo:
- Vamos?
- Claro - Jonny me responde ainda sorrindo.
Nós vamos caminhando em direção ao centro da cidade e conversando sobre assuntos bobos, por um minuto nos silenciamos e eu percebi que a rua de nossas casas é escura então eu estava um pouco assustada, pois as corujas estavam me dando medo e as grandes árvores também, quando eu estou prestes a surtar Jonny me da a mão e quebra o silêncio dizendo:
- Calma não precisa ter medo eu estou aqui.
- Como você percebeu que eu estava com medo? - Pergunto curiosa
- Sei lá... Não sei explicar... Eu senti.
Eu fico muito vermelha então eu sorrio e brincando digo:
- Se você não esta com medo cuide de mim mesmo...
- Vou cuidar não se preocupe... - Ele diz com um sorriso no rosto.
Eu fico com muita vergonha então pra não ficar mais sem jeito eu decido mudar de assunto:
- Onde vamos?
- Sei lá.. Você que conhece aqui - Ele fala sorrindo.
- Vamos ao shopping primeiro, pode ser? - Eu pergunto insegura
- Sim pode. - Ele responde ansioso
Então vamos caminhando até o shopping, analisando cada casa pra quando voltarmos do shopping eu tentar lembra-lo de quem mora em cada casa. Chegando perto do shopping  ele para por um minuto me olha e fala:
- Isa.. Para..
Eu fico com medo e pergunto:
- Porquê?
- Quem chegar por ultimo no shopping paga o cinema...
Então nós corremos, quando eu estou muito perto eu fico sem fôlego ele percebe que eu vou perder a corrida então ele volta rapidamente, chega do meu lado e fala:
- Sobe nas minhas costas...
- Você está louco? - eu pergunto respirando ofegante.
- Suba.. - Ele insiste.
Então eu subo pra ele parar de birra e ele corre até a porta do shopping, tornado aquela cena ainda mais ridícula então ele diz:
- Empate, vamos rachar o cinema...
Eu desço das costas dele sorrio e digo:
- Feito.
Entramos no shopping e Jonny me olha e pergunta :
- Quer um sorvete?
- Sim - Eu respondo animada.
Nos dirigimos as maquinas de sorvete, compramos 2 sundaes e nos sentamos em um banco  que antes estava ocupado por um casal de velhinhos...
- Eu tenho uma ideia melhor que cinema... - Jonny fala sorridente parecendo uma criança de 5 anos.
- Qual ideia, me conte.. - Eu pergunto ansiosa- Que tal irmos no jogar boliche?- Ele fala animado
- Pode ser.. A ultima vez que eu vim nesse boliche foi com meu pai... - Eu respondo tirando a franja de meus olhos.
- Ah desculpe... Meus pêsames pelo seu pai... - Ele se desculpa por ter achado que teria  me ofendido.
- Não foi nada.. Vamos para o boliche? - Eu digo me levantando do banquinho colocando o guarda-napo que eu peguei no lixo e logo após puxando ele do banco.
Corremos até o boliche pois percebemos que o boliche estava lotado e queríamos muito jogar.
Compramos os ingressos e entramos no boliche, ficamos até as 00:30 Hrs jogando boliche, depois que saimos do boliche fomos comer algo, pois estávamos famintos, Conversamos e decidimos comer no MC Donald's, compramos nossos lanches e comemos, saímos do shopping pois estava muito calor e dentro do shopping parecia que estava sem ar condicionado.
- Aonde vamos minha cara? - Ele pergunta em um tom engraçado.
Eu sorrio e respondo:
- Que tal irmos ver como está o lago negro meu caro?
Ele sorri e pergunta:
- Vamos?
- Sim. - Quando eu termina de falar eu pego a mão dele e puxo ele e assim eu fui mostrando as casas fazendo ele lembrar das pessoas que moravam nelas, mostrando pontos turísticos da cidade, foi assim até chegarmos no lago negro.
Chegando lá ele se senta em um banquinho e diz:
- Cansei!
 Eu suspiro alto e ao sentar-se ao seu lado falo:
- Também...
Nós ficamos admirando o lago por uns 15 minutos, depois Jonny olha pra traz e vê que há algumas pedras no chão, então ele começa a atirar pedras na água, com a intenção de faze-las quicar, ele atirou a primeira e ela afundou, na segunda ela quicou 3 vezes e na terceira tentativa ela foi afundar na quinta quicada, eu nunca tinha visto nada do tipo, então brincando eu falei:
- Viu, você é bom em algo pelo menos...
Ele sorri e fala:
- Eu pelo menos sei atirar pedras e você que só sabe bater record em packman.
Eu faço uma cara de desprezo, pego uma pedra no chão e toco também, e ela quica 4 vezes.
- Muito bom pra iniciantes. - Ele brinca.
Então eu pego outra pedra e toco fraco nele.
Ele chega perto da água se agaixa e atira água em mim, então eu o empurro dentro da água, ele me puxa e nós caímos sentados na beira da água, quando vimos o estado em que nos encontrávamos nós riamos muito dentro do lago.
Ele se levanta e me ajuda a levantar e diz:
- Que tal competição de quem pula mais longe no balanço? - Ele aponta pra uma praça que está ali perto.
- Bora. - Eu digo pegando a mão dele e correndo até a praça.
 Chegando lá subimos no balanço e começamos a se embalar, ele estava mais alto que eu obviamente, mais eu tava confiante que ia conseguir ganhar... Enquanto pegávamos embalo eu percebi que mesmo escura, aquela praça era muito bonita, eu me sentia tão confortável naquela praça, parecia que eu já até sabia que lugar era aquele, e interrompendo meus pensamentos Jonny começa a contar:
- UM!
Eu vejo que é pra mim continuar a contagem então eu grito:
- DOIS!
E em tom de "já" ele grita:
- TRÊS!
Então pulamos do balanço, ele caiu bem, e eu consegui ganhar dele, eu pulei mais longe, mais infelizmente eu bati meu joelho em uma pedra, e estava doendo muito.
Jonny viu que eu estava machucada, então ele veio até mim, se agaixou e viu se eu tinha machucado muito, então ele disse:
- Relaxa, está sangrando só um pouquinho.
E com o tom da voz dele eu me acalmei, Ele estava lindo a luz do luar estava destacando a cor dos seus olhos, quando eu volto a pensar na praça eu percebo que aquela é a praça que nós nos beijamos pela ultima vez, em uma fração de segundos ele aproximou seu rosto do meu, ele fechou os olhos, então eu fechei meus olhos, encostei meus lábios nos seus lábios carnudos e quentes como um dia de verão...

Por: Guilherme O. Betat  e Ana carolina T. Cascaes 

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