quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ruídos : Parte 3


    Acordei-me ás 06h30min da manhã com a voz de Dona Eliza chamando eu e Thays, me levantei, fui ao banheiro, fiz minhas higiene, coloquei o vestido que eu havia escolhido com rapidez antes de sair de minha casa, pedi as maquiagens de Thays emprestada, me maquiei, depois de me arrumar Thays ainda estava se arrumando, Thays era muito bonita, tinha o cabelo preto e comprido e liso até as costas, seus olhos eram cor de mel, e tinha o corpo esbelto. Enquanto ela terminava sua maquiagem eu desci para a cozinha pois a mãe de Thays já havia nos chamado umas 2 ou 3 vezes, a família de Thays se acorda cedo pois a Dona Eliza diz que para começar um bom dia o essencial é a família reunida no café da manhã.
- Bom dia Tia - Eu disse para Dona Eliza, quanto beijava rapidamente o rosto dela.
- Bom dia querida, pode sentar-se, você sabe a casa é sua. - Disse me Dona Eliza sorridente.
- Muito Obrigado Tia - Falei, calmamente.
Logo em seguida peguei um copo servi suco de laranja, coloquei em um prato duas torradas com geléia de morango e comi. Logo em seguida Thays desceu as escadas, abraçou a sua mãe e sentou-se ao meu lado.
- Bom dia amiga - Disse-me Thays.
- Bom dia flor. - Falei pra ela sorrindo, como se nada acontecido no dia anterior.
- Meninas, vou pegar minha bolsa e logo em seguida levo vocês para a escola que preciso comprar umas tintas para fazer uns quadros novos.
- Tudo bem - Eu e Thays respondemos ao mesmo tempo.
Dona Eliza subiu para o seu quarto, e eu me lembrei que não havíamos pegado a folha que Thays havia imprimido com as instruções do JOGO DO COPO.
- Thays, você pegou a folha com as instruções do Jogo? - Cochichei no ouvido dela.
- Não. Agora quando subirmos para o quarto para pegarmos a mochila agente pega. - Falou Thays quase como num sussurro.
Terminamos o café e subimos para o quarto de Thays, peguei minha mochila e o papel com as instruções do jogo perto do PC. Thays ajeitou seu cabelo mais um pouco quando de repente a janela do seu quarto se abriu e o vento soprou forte a sua cortina, senti um cheiro de terra molhada e poeira e então ouvi a doce voz infantil que só poderia ser da menina dizendo:
- Belle, eu nunca vou te abandonar.
Sem conseguir me conter eu gritei, Thays me puxou para fora do quarto e corremos na escada até a chegada na sala de estar. Dona Elisa estava buzinando o carro sem parar. Então corremos através da porta enquanto a empregada olhava com cara de desaprovação para mim e para Thays.
Entramos no carro, Elisa pediu pra nós colocarmos os cintos, colocamos e seguimos pra escola, em cerca de 5 minutos estávamos na escola.
Elisa nos deixa na frente da escola, ao descer do carro eu cochicho pra Thays:
- Vamos fazer hoje o jogo do copo?
- Sim – Me disse Thays com entusiasmo.
- Temos de convidar pelo menos três pessoas, pois tem que fechar uma estrela e estrela tem cinco pontas. - Eu explico a Thays, olhando o papel com as instruções.
- Sim, mais onde vai ser? - Questiona Thays
- Não sei... Pode ser na minha casa, quem iremos chamar? - Eu falo pensativa.
- Sei lá, mais vemos hoje na aula. - Responde Thays.
Entramos na sala achamos nossos lugares e nos sentamos, o dia correu normal. Na hora do intervalo eu e Thays ficamos na frente da sala conversando e pensando quem seriam as outras três garotas.
-Poderia ser a Thainá? – Diz Thays pensativa.
- É, pode ser uma boa idéia, temos de perguntar para ela. – Eu falo respondendo à Thays.
Então nos aproximamos de Thainá, eu fitei seu rosto e lhe falei:
- Quer dormir na minha casa hoje? Eu sei que não temos muita afinidade nem nada, mais é que eu vou fazer uma festinha do pijama para cinco meninas, eu, Thays, você e se quiser pode levar mais alguma menina topa?
- Sim, não tenho nada melhor para fazer  – Disse ela pouco animada.
- Está feito então, meu pai vai vir nos buscar na saída, já avise seus pais – Eu lhe disse parecendo muito animada com a confirmação da presença dela.
- Esta bem, já irei ligar para minha mãe. – Falou-me Thainá.
Thainá tinha 17 anos era uma menina Morena, olhos verdes claros, cabelos lisos, ela é magra e é do tipo '' Fico com todos os gatos '' e morava com os pais.
- Vão convidar a Fernanda? – Falou Thainá, agora com entusiasmo.
- Não sei mais se quiser convidar, convide-a... -  Falou Thays um pouco emburrada.
- Está bem, eu aviso ela, na saída vocês nos encontraram. – Afirmou  Thainá
Fernanda tinha 17 anos é uma menina meio japonesa, olhos castanhos claros, cabelos lisos, muito lisos. Morava com seus pais também e era uma garota do tipo ''Eu quero só estudar por enquanto, pra ser alguém na vida ''
Eu olho para Thays e cochicho:
- Falta só uma pessoa. Vamos chamar a Andressa? - Eu pergunto
- Pode ser... -  Responde Thays.
Nós nos aproximamos de Andressa e Thays pergunta:
- Andressa hoje vai ter uma mini festinha do pijama na casa da Belle , você quer ir?
- Sim, garanto que vai ser bem legal. – Falou Andressa muito entusiasmada com o convite.
-Muito obrigado. Já ligue para os seus pais, pois meu pai vai nos buscar para a festa já na hora da saída. - Eu disse parecendo estar tão entusiasmada quanto ela.
-Está bem, e podem me chamar de Dress garotas. – Andressa terminou a frase com um sorriso contagiante.
- Ok, a gente vai indo, pois teremos aula de matemática no próximo período. Até a hora da saída Dress... - Disse Thays.
- Tchau meninas – Falou Andressa.
- Tchau – Eu e Thays dissemos.
Andressa tinha 18 anos éra uma menina do tipo ‘‘Sou popular mais nem dou bola pra isso.” Andressa é loira, tem cabelos cacheados, olhos azuis e corpo escultural.
O dia passa normal, mantemos a mesma rotina, voltamos pra sala e estudamos, quando eu ouvi o sinal da escola tudo começou a ficar devagar , eu comecei a ficar gelada, não sabia o que estava acontecendo , quando eu olhei para a minha esquerda eu vejo a menina sem olhos, eu comecei a gritar e caí no chão quando eu percebo eu estou desmaiada.
Quando eu abro meus olhos tudo ainda está girando eu olho para cima e Thays esta em cima de mim me olhando, ela olha no fundo dos meus olhos e pergunta:
- O que houve?
- A menina de novo - Eu respondi.
Thays me ajudou a levantar e disse:
- Meu bem as meninas já estão esperando.
Eu fiquei em pé e corri para frente da escola, Thays correu junto comigo.
Eu á visto as três meninas nos esperando, parecia que elas estavam muito felizes.
Todas entraram no carro de meu pai e ele pergunta:
- O que é isso Isabelle?
- Não é nada pai, elas vão dormir lá em casa hoje. – Eu disse sorridente, depois beijei o rosto de meu pai rapidamente.
- Tudo bem, como vocês estão garotas? – Disse meu pai, parecendo feliz depois do meu gesto de carinho.
- Estamos bem senhor Splawer. – Falaram as meninas.
Meu pai deu uma risada e disse:
- Sou o pai da amiga de vocês e podem me chamar de Erick, principalmente você Thays que te conheço desde que era um bebê.
Todas riram enquanto Thays ficou vermelha . Chegamos a casa, e estava tudo em perfeita ordem, minha mãe estava ajudando a Matilde, e quando olhou eu e as meninas deu um largo sorriso.
- Filha, trouxe suas amigas para almoçar aqui? – Disse minha mãe sorridente.
- Na verdade é pra almoçar, lanchar, jantar e dormir aqui – Falei contribuindo o sorriso dela.
- Ótimo você devia ter me avisado! Mais não se preocupem, colocaremos mais alguns pratos na mesa, só irá demorar um pouco mais, enquanto isso vocês podem ir se ajeitando no quarto da Belle, que logo, logo a Matilde levará um lanchinho antes do almoço. – Disse minha mãe em tom solucionador enquanto sorria.
- Tudo bem mãe, vamos meninas. – Falei enquanto me direcionava para as escadas do meu quarto, e as meninas me seguiam. Todas largamos as mochilas em cima de minha cama.
- Garotas, vocês podem ir até a segunda porta de meu closet e escolherem o pijama que quiserem, mais tarde pedirei para que o jardineiro nos ajude a pegar os colchões no sótão.
- Tudo bem – Todas concordaram.
- Achei estranho você dar uma festa do pijama em cima da hora, sem ninguém, praticamente saber. – Disse Fernanda em tom questionador, e eu rapidamente gelei e Thays disse:
- Então meninas, na verdade a Belle anda muito deprimida, e nós nos conhecemos de vista a anos nunca tivemos chance de nos conhecermos melhor e foi uma ótima idéia para nos conhecermos vocês não acham? – Falou Thays meio indecisa de suas palavras, pois ela era péssima com mentiras.
- Ah que ótima idéia meninas, fiquei muito feliz pelo convite – Falou Andressa.
- De nada Dress – Eu falei sorridente.
- Também achei uma ótima idéia a de vocês – Falou Thainá.
- É tanto faz – Falou Fernanda.
- Pare de parecer insatisfeita, as meninas são muito legais – Falou Thainá.
Eu e Thays ficamos caladas, pois o clima havia ficado tenso, então de repente entra Matilde pela porta que estava entreaberta com uma grande bandeja com Croassant’s, uma jarra de suco, algumas frutas e copos.
- Pode deixar em cima da mesa ali do lado do PC Matilde, muito obrigada. – Falei sorridente.
- De nada Bell, se precisar de algo é só pedir. – Falou Matilde amorosa. Matilde é a única pessoa que me chama de Bell, ela não pode ter filhos e tem um pequeno apartamento no centro de Porto Alegre, mais como mora sozinha prefere ficar no quarto de empregada aqui de casa. Logo depois que Matilde saiu do quarto, as meninas foram direto para cima da bandeja e começaram a comer.
- Só deixem um Croassant pra mim garotas – Eu falei enquanto ia ao closet separar o pijama que eu ira usar. Escolhi um básico que tinha um short curto, na cor pêssego e o conjunto de cima era como uma grande camiseta também na cor pêssego escrito I ♥ Bad Boys.
Coloquei o meu pijama em baixo do meu travesseiro quando vi algo brilhante em baixo do meu travesseiro, a corujinha em forma de pingente, em seguida olhei para a janela e vi a menina sem olhos com uma expressão aterrorizante para mim e eu fiquei paralisada.
- O que houve? – Todas as meninas me perguntaram assustadas.
- Nada! É só fome, desculpem – Eu falei, meio descontrolada.
- As meninas então voltaram a conversar e dar risada e eu coloquei a corujinha em baixo do meu travesseiro novamente, e fiquei ali pensando que tudo havia acontecido comigo depois de eu ter pego o pingente. Se passaram uns 15 minutos e Matilde voltou ao meu quarto dizendo:
- Bell, Você e suas amigas podem descer para almoçar.
- Obrigado Matilde. Vamos meninas? – Eu falei.
- Vaaamos! – Todas falaram juntas e desceram.
A Thays estava se divertindo com as meninas, eu também queria me divertir mais estava difícil, e eu estava cercada de dúvidas, eu não falava com o meu namorado há dois dias, e estava muito nervosa. Lá em baixo na sala de jantar as meninas se acomodaram à mesa. Sentei-me ao lado de Thays.
- Matilde cadê a minha mãe e o Cristopher? – Perguntei preocupada.
- Sua mãe e seu pai saíram juntos. Seu pai foi trabalhar, e sua mãe foi no shopping com seu irmão.
- Tudo bem Matilde, ela disse que horas iria voltar? – Eu disse.
- Não querida. – Falou-me Matilde.
Logo em seguida Matilde voltou para cozinha.
Na mesa havia strogonoff, diversos tipos de saladas e sucos. Estava tudo impecável, cochichei para Thays:
- A coruja... – Eu disse nervosa,
- Hã? – Falou Thays, sem entender.
- Na noite que tudo começou eu encontrei uma corujinha, e ela ta lá no quart..
- O que vocês estão cochichando? – Falou Thainá, arqueando uma sobrancelha.
- Nada, o que está achando do almoço? – Falei sorrindo.
- Ótima, sua mãe e sua empregada tem um ótimo bom gosto- Falou ela enchendo um copo com suco.
Depois disso as meninas foram para o meu quarto de novo. Acessaram seus facebook’s e todas fizeram questão de dizer que estavam na minha festinha particular, fiquei feliz pelas meninas estarem animas... Todas estavamos se divertindo , até eu começei a me divertir , estavamos dançando , contando piadas e falando sobre meninos.
 Quando eram 19 horas minha mãe bateu na porta do meu quarto.
- Toc, toc, toc, filha? Belle? – Disse- me mamãe.
Abri a porta e rapidamente disse:
- O que foi mãe? – Falei normalmente.
- Já pedi para Ferdinan colocar os colchões no quarto de hospedes, lá é maior e vai dar para todas vocês se instalarem melhor. – Disse ela toda sorridente e quando ela ia saindo continuou: Ah, e não se preocupem, a Matilde se adiantou e fez Cup Cakes, sucos variados, e sanduíches para vocês..
- Obrigado mãe! – Disse enquanto a abraçava.
- De nada meu amor, agora vou lá cuidar do seu irmão que está com problemas, todas as noites ele diz que uma garota meche nos brinquedos dele e aparece com hematomas. – Minha mãe disse quase num sussurro. E então saiu, eu me senti muito mal pois sabia que era tudo minha culpa. Se passaram mais horas e as meninas estavam se divertindo, já estávamos no quarto de hospedes vestidas com os pijamas, e eu já estava com a folha com as instruções, a corujinha estava enrolada no papel com as instruções pois eu iria colocá-la na mesa para saber se o pingente havia pertencido a pequena garotinha ou se a garotinha queria algo em troca pra parar de me seguir.

Por : Guilherme O. Betat  e  Ana Carolina T. Cascaes


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