segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ruídos


                     
Abri os olhos ainda estava escuro já estavamos entrando na segunda semana de aula e eu ainda não acostumei em acordar cedo, fitei o celular embaixo do meu travesseiro eram exatamente 3:42, chequei os sms e haviam dois um era de meu namorado Diego que dizia:  Amoor, amanhã vou passar ás 7:30 na esquina me espere lá, te amo beijos Di.
Dei um sorrisinho animado, logo depois abri o outro que era de Thays, minha melhor amiga que dizia: Belle, espero que tenha estudado pois amanhã temos aquele trabalho de Inglês e eu não estou afim de fazer tudo sozinha de novo u_u, boa noite, durma com os anjinhos BFF s2.
Depois do último sms eu bocejei e dormi mais um pouco me acordei com o som do rádio tocando  Where Have You Been  da Rihanna, me fitei o relógio  e já eram 7:00 horas, me levantei fui ao banheiro fiz minhas higienes, abri o guarda-roupas escolhi colocar uma t-shit escrito I ♥ Rock, uma bermudinha jeans, e seu all star preto, com cerejinhas. Penteei meu cabelo, fiz uma make básica peguei minha bolsa joguei meu celular e os cadernos dentro dela e desci as escadas, na mesa havia sucos, géleias, cereais, frutas, muitas variedades minha mãe se chama Rebecca ela é dona de uma boutique de roupas e meu pai Erick tem uma empresa de derivados do leite, eu também tenho um irmão pequeno chamado Cristopher ele tem 5 anos ele é bem engraçadinho mais não tenho muitas afinidades com ele. Da mesa eu peguei apenas uma maçã, olhei para minha família, dei bom dia e sai correndo pois o meu namorado estava me esperando, quando cheguei na esquina ele estava parado em cima da moto,  me aproximei, ele me abraçou, me deu um beijo longo e intenso e disse: - Você está atrasada moçinha, com um sorriso brincalhão e ao mesmo tempo doce.
 - Eu sei amor - falei com as palavras saindo quase como uma risada.
- Eu te amo - ele disse olhando em meus olhos.
- Também te amo - eu disse e dei um sorrisinho sem jeito.
- Bom, já estamos atrasados, temos que ir para a escola - Ele me disse.
- Sim amor -  Respondi.
Ele me entregou um capacete e em questão de segundos estavamos na escola, não bastou muito para assim que eu desci da moto ouvir uma voz doce e ao mesmo tempo autoritária.
 - Você estudou Isabelle? - Disse-me Thays.
 - Siiiiim.  - Eu falei, logo em seguida mordi meu lábio inferior e revirei os olhos.
 - Acho bom porque pelo menos cinco questões quem irá fazer será você.
 - Tá bom já entendi , você não estudou - Respondi.
 - O dia vai ser cheio então minhas lindas, boa sorte, vou indo nessa - Disse Diego.
- É, tanto faz. - disse Thays.
Eu e ele rimos, ele me deu um beijo e saiu, pois ele já havia terminado os estudos.
Se passou o dia normal como qualquer outro, a Thays acabou fazendo o trabalho sozinha já que eu não sábia nada. Eu sempre fui muito comunicativa, mais só quem me entendia mesmo era a Thays, então eu conversava mais com ela do que com qualquer outra pessoa.
Tocou o sinal para irmos embora, e eu estava feliz de ir embora daquela chatisse.
O Di nunca ia me buscar na escola pois quem fazia isso era meu pai, então como de costume meu pai parou seu Tucson na frente da escola, e eu entrei no banco do carona.
Oi Pai - Eu disse.
Olá Isabelle - Disse meu pai.
Como foi na escola?
- Bem, pai, bem.
Meu pai permaneceu quieto até chegarmos em casa, ele estava bravo porque eu havia matado aula esses dias. Quando desci do carro  tropecei e minha bolsa caiu no chão, juntei tudo o que tinha caído e entrei em casa, subi as escadas e fui direto para o meu quarto e tranquei a porta, me deitei minha cama e acabei cochilando.
Me acordei com barulhos na porta..
- Quem é? - Eu gritei.
- Abra essa porta imediatamente Isabelle - Rebecca e Erick diziam.
- Calma! O mundo não vai acabar! - Falei com raiva.
Abri a porta, e estava meu pai com meu celular na mão, minha mãe com cara de decepcionada e meu pai com cara de ódio.
- Pode me explicar o que são essas mensagens Isabelle? Quem é Diego? e porque ele te busca na escola? - Disse meu pai.
- Não te interessa! A vida é minha - Eu disse quase chorando.
 - Vamos ver então! Até você se tornar uma menina novamente decente não terá celular e não sairá para lugar nenhum. Meu pai e minha mãe sairam do meu quarto eu chorei muito depois me recompus e fui dormir. No dia seguinte segui minha rotina, só que nem bom dia dei para meus familiares apenas desci as escadas, me direcionei a porta e sai de casa. Me encontrei com o meu namorado como de costume expliquei a situação e disse que iria pegar um celular emprestado com a Thays. Peguei um celular emprestado com a Thays e o dia seguiu normalmente, assim como todos os dias até sexta-feira.
O dia proseguiu normalmente fui para a escola, voltei e então o Di me mandou um sms 00:35 dizendo que queria me encontrar em meia hora, mais ele estaria lhe esperando na frente do portão de sua casa. Então eu coloquei uma calça Jeans, uma blusa de mangas compridas, um casaquinho,  tênis all star e amarrei o meu cabelo em um coque. Ouvi umas duas músicas e depois fui olhar o relógio e eram exatamente 1:00 hora ele já estava me espeando, desci a escada cuidadosamente para ninguém acordar quando vi meu irmãozinho chorando no quarto ao lado, nem dei muita atenção e pulei a janela da sala de jantar. Corri pelo gramado para fazer a volta e chegar no portão, pulei o portão e o Di me pegou. Nos beijamos rápidamente e depois caminhamos até a sua moto.
- Eu estava com tanta saudade amor - Eu disse a ele.
- Eu também estava - Ele falou enquanto me dava vários selinhos.
- Então, nós vamos ficar aqui? - Eu disse a ele.
- Não amor, agente pode ir para uma praça que tem mais fica um pouco longe - falou ele meio indeciso.
- Quanto mais longe melhor - Eu falei.
Nos beijamos mais uma vez e depois subimos na moto e fomos para a praça chegando lá ele desceu da moto e me ajudou a descer quando eu desci olhei ao redor, era uma praça velha, a pintura dos brinquedos estava descascada, de longe avistava- se que era quase um marco histórico de Porto Alegre. Fui direto sentar no banco quando olhei algo brilhando e peguei era uma corujuinha em forma de pingente muito bonitinha então de repente um vento soprou em toda a praça e eu a guardei no bolso da minha calça Jeans. Logo em seguida Diego sentou do meu lado, e me beijou, quando novamente o vento soprou novamente e soou uma doce voz infantil em meus ouvidos:
- Vamos Belle, você não vai se esconder.
Parei o beijo rapidamente e disse assustada:
- Você ouviu alguma coisa?
- Não amor, deve ser a adrenalina de você ter fugido - Ele sorriu.
Eu concordei acenando a cabeça positivamente, o abraçei e falei baixinho:
- Quero ir para casa agora amor .
Ele me olhou e disse:
-Você está bem?
- Estou, só quero ir para casa agora . Mas na verdade eu não estava bem , eu estava muito assustada
Então fomos em direção a moto e ouvi susurrar no meu ouvido a voz doce e infantil novamente:

- Belle, não se preocupe , não vou te abandonar...

Por: Guilherme O. Betat    e   Ana Carolina T. Cascaes 

Nenhum comentário:

Postar um comentário